Edição/reimpressão:
2006
Páginas:
352
Editor:
Saída de Emergência
ISBN:
9789728839697
Sinopse:
1978,
Cidade do Vaticano
Às
4.30 da manhã, a irmã Vincenza, assistente pessoal de João Paulo I, chega à
antecâmara dos aposentos pontífices com o pequeno-almoço. Deseja os bons dias
ao Papa mas, pela primeira vez, não é convidada a entrar. Só quando mais tarde
ganha coragem e abre a porta, descobre que Albino Luciani, representante de
Deus na Terra, jaz morto na cama. Tinha sido eleito Papa há apenas 33 dias. E
em 2000 anos de História, nunca nenhum Papa havia morrido sozinho. 2006,
Londres
Sarah
Monteiro, uma jovem jornalista portuguesa, está de regresso a Londres depois de
umas férias na terra natal. Ao chegar, encontra entre a correspondência um
envelope que lhe chama a atenção. Lá dentro, uma lista com nomes de
personalidades públicas e pessoas desconhecidas, entre eles o de seu pai. A
lista tem mais de 25 anos e muitos dos nomeados já faleceram. Mas como cedo irá
descobrir, aquela lista pode transformar-se num bilhete para a morte. Com a
ajuda de um homem misterioso com muitos nomes e poucas respostas, inicia uma
frenética corrida para escapar à morte. De Londres a Lisboa e a Nova Iorque,
terá que levar a melhor a uma organização secreta que não olha a meios para
deitar a mão à lista, e impedir a divulgação de um segredo que o Vaticano
esconde há quase trinta anos.
A minha Opinião:
Em Fevereiro deste ano, como todos sabemos, o
Papa Bento XVI renunciou ao cargo papal. Foi, sem dúvida este momento histórico
que me conduziu à leitura deste romance/thriller de Luís Miguel Rocha.
Por ser católica, tudo o que se relaciona com
a Igreja me desperta a curiosidade, numa época de mudança religiosa como a
actual, nada melhor do que ler um livro relacionado com um dos temas mais
polémicos do Vaticano: a morte (ou provável assassinato) do Papa João Paulo I,
em 1978.
Este thriller decorre em duas acções
temporais diferentes: por um lado, em 1978 onde assistimos aos últimos dias de
papado de João Paulo I e, num outro prisma, em pleno século XXI (2006),
seguimos as pisadas de Sarah Monteiro, uma jornalista de origem portuguesa e de
Rafael, personagem que, a meu ver, é a mais carismática do livro porque nunca
sabemos bem quem ele é na realidade, paira uma aura de mistério sobre esta
personagem e, no meu imaginário, é um homem bastante interessante e charmoso.
Luís Miguel Rocha brinda-nos com uma história
repleta de acção ao mesmo tempo que nos ensina (e muito) sobre o que se passava
dentro das quatro paredes do Vaticano em 1978 e também em 2006. Quais as
intrigas que decorriam nesse espaço religioso, quais as instituições envolvidas
e que se arrastam, infelizmente, até à actualidade?
O facto de a narrativa se basear numa
interpolação temporal não incomoda ou confunde minimamente o leitor e esta foi
outra mais-valia neste livro.
A acção não tem, praticamente, momentos
parados e as surpresas e o suspense são uma constante.
É inevitável, uma leitora como eu que já leu
(e aprecio) Dan Brown ou Daniel Silva (que não aprecio minimamente) e, cujas
narrativas são semelhantes à deste romance de Luís Miguel Rocha, estabelecer
assim uma comparação entre escritores. Assim, posso afirmar convictamente, que
este escritor português se identifica muito mais com um Dan Brown devido à sua
escrita inteligente e ritmada que é imperdível!
Agradou-me muito esta leitura não só pelo que
nos ensina, mas também pelo clima amoroso entre as personagens centrais, pelas
surpresas.
Por tudo isto, fiquei muito entusiasmada
quando li nas sinopses dos restantes romances deste escritor que tanto a Sarah
Monteiro como o Rafael continuam nas tramas seguintes!
Luís Miguel Rocha é, de facto, um escritor
ímpar na cultura literária portuguesa, que me surpreendeu sobremaneira, tanto
através desta leitura como igualmente no Porto de Encontro (de 17 de Março, no
Porto) a que tive o privilégio de assistir, e de quem pretendo ler todos os
seus restantes livros.
O Autor:
Luís
Miguel Rocha nasceu em 1976 na cidade do Porto, onde mora depois de ter
residido dois anos em Londres. Foi repórter de imagem, tradutor e guionista.
Atualmente, dedica-se em exclusivo à escrita.
A
Filha do Papa é o seu sexto livro, depois de Um País Encantado (2005), O Último
Papa (2006), Bala Santa (2007), A Virgem (2009) e A Mentira Sagrada (2011).
As
suas obras estão publicadas em mais de 30 países e foi o primeiro autor
português a entrar para o top do The New York Times. O Último Papa, bestseller
internacional, vendeu mais de meio milhão de exemplares em todo o mundo.
A minha classificação: 6 – Muito Bom.
Período de Leitura:
De 13 a 19 de Março de 2013.
1 comentário:
Mais uma excelente crítica neste blogue da Estefânia a "abrir o apetite" para ler Luís Miguel Rocha.
Só posso pedir para continuar!!!!
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