Coleção: Grandes Narrativas
Nº na Coleção: 542
Nº de Páginas: 216
ISBN: 978-972-23-5002-0
Ficha do Livro Aqui!
Sinopse:
Rio de Janeiro, 1938. Um perigoso assassino anda à solta nas ruas. O
alvo: mulheres jovens, bonitas e... gordas. A arma: irresistíveis doces
portugueses. Para investigar os crimes, o famigerado chefe de polícia
Filinto Müller designa uma trupe hilariante: um delegado sempre
rabugento, assessorado por um auxiliar obtuso e medroso, e que contará
com a ajuda de um ex-inspetor lusitano muito bem relacionado. Os três
serão também acompanhados por uma repórter e fotógrafa corajosa e
dinâmica, interessada em cobrir o caso para a imprensa.
Razões
da escolha do livro: Oferta Editorial Presença.
Proveniência: A minha biblioteca.
A minha Opinião:
Gastronomia, humor negro, crimes, personagens
muito invulgares e caricatas, são os ingredientes principais deste livro de Jô
Soares.
Uma série de crimes cujas vítimas são
mulheres gordas assolam o Rio de Janeiro. Um grupo de polícias locais são
chamados a investigar e a estes juntam-se um ex-inspector português, Tobias
Esteves, essencial nesta investigação, uma vez que as vítimas morrem “empanturradas”
de comida ou doces tradicionais portugueses e Diana, uma jornalista.
As personagens são todas muito cativantes e
engraçadas, descritas de forma excepcional pelo autor.
Nós, leitores, tomamos conhecimento, desde o
início, da identidade do serial killer e conhecemos as suas motivações
psicológicas e, inclusivamente, acompanhamo-lo nas suas perseguições e
execuções.
Jô Soares tem um sentido de humor muito
apurado, que eu já conhecia dos seus programas televisivos na Rede Globo, mas
nunca tinha tido a oportunidade de ler nenhum dos seus romances. Posso afirmar que
fiquei rendida à sua escrita, uma vez que, tal como Jô, adoro rir e comer!
Devo salientar ainda que este romance
policial transmite que, para o escrever, Jô Soares teve que efectuar uma
investigação exaustiva sobre costumes, sobre a cultura e gastronomia portuguesas,
desde receitas, passando pela História de Portugal e do Brasil na década de 30
(a acção decorre em 1938), com a inclusão de personalidade ímpares da nossa
sociedade como Fernando Pessoa, entre outros.
As tiradas cómicas, alternadas com descrições
macabras dos crimese outras situações fora do vulgar conseguem arrancar
gargalhadas ao leitor.
Poder-se-ia pensar que, uma vez que o
escritor é brasileiro, a leitura seria mais difícil devido aos anacronismos
existentes entre as duas línguas. Todavia, tal não acontece! A preocupação na
adaptação ortográfica providenciada pela Editora fez com que a leitura fosse
efectuada naturalmente, sem incongruências ou dificuldades de interpretação.
As ilustrações também merecem aqui uma
especial atenção, sendo igualmente uma mais-valia neste romance policial.
Afirmo, sem reservas, que estelivro foi uma
agradável surpresa e fez com que me fosse despertado o interesse pela leitura
dos restantes livros deste autor que, pelas sinopses, já conclui que também
devem ser bastante humorísticos.
Aconselho vivamente a leitores que tenham
sentido de humor e gostem de um bom livro policial.
O Autor:
Jô Soares nasceu em 1938, no Rio de Janeiro.
Humorista, dramaturgo, comediante e apresentador de TV, é autor de outros
romances, nomeadamente, O Xangô de Baker Street e O Homem Que Matou Getúlio
Vargas, ambos publicados pela Presença e que, em conjunto, registaram vendas
superiores a um milhão de exemplares.
A minha classificação: 6 – Muito Bom.
Período de Leitura: De 4 a 6 de Março de 2013.
Outros livros do Escritor:
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